Breves Apontamentos:

É confuso e ao mesmo tempo gostoso. É estranho e ao mesmo tempo um pouco já conhecido. É, na verdade, a vontade de falar sobre o mesmo assunto que já falamos tantas vezes antes. É preciso encontrar mais espaços onde a verdade faça sentido.

São muitos jogos. Jogos sem fim. Fico ali, parado e em movimento, observando, pensando, tentando arquitetar como tudo isso que continuamos a produzir pode, de aguma forma, se revelar, inaugurar um espetáculo.

São muitos jogos. Muitos jogadores, muitos mochileiros. Alguns precisam falar menos e olhar mais. Outros precisam coçar mais os pés e se integrar mais nas propostas elaboradas pelo coletivo. Uns precisam compreender o lugar e o momento para o solo. Todos precisam encarar mais o desafio, encontrar novos pares, aceitar melhor os diferentes tempos e condicionamentos que se colocam no jogo. Todos precisam estar mais atentos e menos escorregadios. Alguns precisam se julgar menos e entrar mais. Outros precisam acreditar mais e deixar o peso para o chão. Todos precisam renovar mais o olhar.

É angustiante e doloroso. É pouco saudável, mas extremamente inquietante. É doce e salgado, amargo e cítrico. É como tirar água de pedra, ninar quebra-cabeça, fazer carinho em paredes e beijar telhados. É casa, casa, casa, casa, casa, casa, casa, casamento. O casamento é uma instituição e nós somos papéis sociais.

Vamos ter um varal. Então são os baldes e o varal. É o exterior dentro e o interior fora. É tudo poesia bastante fácil para aqueles que beijam com os olhos e choram com as orelhas. É chão e, por isso, contato. Esperemos o tal Luar para melhor entender esses movimentos.

Caminhamos em frente. Para onde não sei. Se tens medo, sou teu pai. Se temos medo, somos irmãos. Se tenho medo, procuro em vocês algo próximo a imagem de minha mãe. São papéis, como dito antes. Somos atores, como já sabido. Vamos curingar.

motes: casa utópica, a casa/lar idealizado, os papéis sociais. como e quando os desejos viram planos? ainda há tempo?