Cintia Luando fala sobre CACO

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Aos amigos de CACO...

Aos Donos da casa...

E a própria casa, suas portas, telas e janelas que falam:



- Tenho que dizer! Quando me dei conta, estava mergulhada na mesma piscina que eles. De vez em quando, batia a cabeça em algum azulejo azul e infantil. Às vezes, saía sangue... E às vezes, mel. Mamãe gritava sempre! Papai gritava sempre! E meus irmãos eram um saco. E todo mundo se amava sempre, no nosso lar de nebulosas. Papai e mamãe romperam suas relações. E eu, rompi as paredes! Agora, sou grande! Dono da minha vida... E os gritos que ouço agora são os meus gritos. Mas ainda sinto muita falta desde que o coelho se foi. Ainda choro! Não sei em quem colocar a culpa. Mas ainda sinto falta, ok? Então entre aqui e me espera, ok? Eu já volto! Já volto, ok? Entra aqui... Bem dentro do que eu tenho de fundo, e respira... Vamos por um momento esquecer os números que somos, e respirar as nossas memórias da casa que hoje cheira a mofo. Vamos viver de teatro, vamos ser atores... Vamos brincar o resto das nossas vidas... Vamos construir a nossa casa, que é o nosso corpo e o nosso amor! Vamos! Caco! Caco! Ai... Que saudades eu tenho do Caco! Estou emocionado... E não aprendi na infância a represar os olhos!



- Pequena e humilde leitura minha de CACO - possível produção de memória para o espaço da casa- um espetáculo incrível que os amigos fizeram tão bem, que me senti "em casa" ! -



Parabéns à Fred Araújo, Aline Vargas, Bel Flaksman, Bernardo Lorga, Gunnar Borges, Isadora malta, Marília Nunes, Rafael Lorga, Taianã Mello... ao diretor do espetáculo: Caio Riscado, e a todos os envolvidos nessa atmosfera sensível, e maravilhosa que tem essa casa.Um beijo no coração de todos vocês!



Cintia Luando
amiga

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